@@Amanhã será para sempre @@

[b][i]Ela é tão linda. Transmite apenas com o olhar, o amor que tanto procuro. Enrubescida desvia os seus olhos dos meus.

Não suportando, a emoção que me invade o peito, colo o meu corpo ao seu, quero senti-la, demonstrar o que sinto. Acaricio cada parte do seu rosto, sinto o seu perfume, anseio por um beijo...

_Michael?Acorda cara. Já, chegamos a Los Angeles.

_Desculpe, John. Eu estava realmente cansado. O show exigiu muito de mim.

_Eu sei, meu amigo. Você, não é o número um á toa. Batalhou muito, para isso.

_Só que ás vezes... Sinto vontade de jogar tudo para o alto. Pois, por mais que eu faça algo, sempre terá alguém, dizendo que ainda não foi o bastante.

_Não posso acreditar no que estou ouvindo. Não é você quem diz que nunca podemos desistir diante de um obstáculo? Que, quanto mais, querem a sua derrota, mais forte, vc se torna?

_Não mudo, a minha posição, quanto a isso. Mas, eles deveriam entender, o quanto é doloroso e difícil ser “Michael Jackson”!

_Mostre a eles, convença-os.

_Não quero, passar por isso novamente. Olha o que aconteceu, com Bashir. Preferiu editar tudo o que eu disse, mostrando um lado louco e pervertido que, eu nunca tive.

_Não acontecerá de novo, dou-lhe a minha palavra.
_Tenho as minhas dúvidas, man.

que lindo, que lindo...............

Cap.II
O dia amanhecera como tantos outros. Sem graça nenhuma. Milena suspirava desanimada, por não conseguir mudar nada na sua vida.
Viera para Los Angeles cheia de sonhos e muitas idéias na cabeça. Com o firme, propósito de se tornar uma colunista de celebridades, conhecida em todo o mundo.
E não passara, nem perto, de um sósia de um deles e o pior, o seu querido chefe ameaçava despedi-la, se não encontrasse um furo, para a nova edição da revista.
-Srta. Milena faça o favor, de vir a minha sala interfonou o Sr.Larry.
_Deus, hoje não, please! Pensou com os seus botões. Já estou a caminho.
_Caso a Srta, não tenha sido informada. O cantor MJ, regressou a L.A esta manhã, ovacionado pela sua turnê “History”.
Michael Jackson era o seu sonho de consumo, não tinha ido a nenhum show, mais ao vê-lo em fotos ou ouvir suas músicas. Seu coração batia como louco e muitas vezes, sonhara que as músicas tinham sido feitas por ela e pra ela!
Quantas noites sonhou com ele e ouvindo-o dizer,.que a amava demais.Milhões de vezes!
_Srta?
_O rei do pop, retornou a L.A? E o que isso, tem a ver comigo, apenas escrevo notícias banais e...
_Quero que a Srta, o entreviste e o faça falar de si mesmo, como nunca fez, em toda a sua vida.
_Ele não aceitará. A mídia, nunca foi a seu favor, pelo contrário,deturpam a verdade.
_Me poupe, de seu sentimentalismo. Quero um furo e nada melhor que seja o rei do pop, a me proporcionar isso.
_Mas, Sr!
_Sem mais, organize a sua equipe e vá à luta.

[b][i]Michael chegara a Neverland e como era de costume, cumprimentou a todos com carinho. Abraçou D.Remy, que o acompanha desde a turnê “Victory”, graças á Quince Jones, que não sabia o que oferecer para o amigo comer, quando ia visitá-lo.
Abraçou a carinhosa senhora, dando um estalado beijo na sua bochecha.
_Que saudade, querida! Estou da sua comidinha.
_Pelo o que vejo criança. Você, não tem se alimentado direito.
_Como o que preciso e não para me empanturrar! Sou um dançarino, sabia?
_Se continuar assim, desmaiará no palco
_Ok. Prepare algo leve e saudável. Eu disse leve e dá uma gostosa gargalhada.
Sobe as escadas, de dois em dois degraus, Passa um tempo, debaixo do chuveiro, relaxando um a um, os músculos trabalhados no show.
Alcançara mais uma vez o seu objetivo, o show tinha saído como planejado, os fãs gritavam o seu nome, cantavam as suas músicas. Contudo, o rei estava sozinho...
Não havia quem o recebesse, cheio de saudades, que lhe dissesse, com todas as letras, o quanto o amava. Era o preço exigido pela fama e ele vinha pagando desde a infância, sem ao menos te-la vivido.

Cap.IV
_Jura, Milena, que realmente iremos entrevistar MJ? Disse Stevie.
¬_Menos, Stevie. Primeiro, tenho que convidá-lo e se irá aceitar é outra estória. Como é público e notório, MJ, foi violentamente agredido, pelos tablóides e se dependesse exclusivamente dele, já teriam virado cinzas.
_Sem dúvida, mais a propaganda, ainda é a alma de um grande negócio e nada melhor, que o próprio cantor, para vender a sua imagem.
_Estamos falando, de um ícone, mas não esqueçamos o seu lado humano, por favor.
_Telefonarei, hoje mesmo, para Frank Dileo e seu advogado John Blanca e veremos o que acontecerá.
_Cruze os dedos, garota. Não vai ser nada fácil!
_E eu não sei?
Cap.V
_Boa tarde, Sr.Dileo, sou Milena Simons, editora chefe da revista Estrelas e gostaria de entrevistar o seu cliente, Michael Jackson.
_Não quero, dissuadi-la, do seu intento Srta.Simons, mas desde o ocorrido com Bashir, Michael tem evitado expor a sua vida privada.
_Eu fui informada, do ocorrido, Sr.Dileo e posso afirmar que, o Sr.Bashir, usou de artifícios que envergonham até a imprensa marrom.
_Realmente, ele não foi, muito profissional e causou muitos constrangimentos dolorosos ao meu cliente.
_Eu entendo, Sr.Mas,posso assegurá-lo que,agirei de forma muito respeitosa e transparente.Porque além de jornalista,sou sua fã.
_Fico feliz em saber. Porém, não cabe só a mim decidir,é necessário o aval do maior interessado:Michael Jackson.

hum.......... tá bom isso

Cap.VI
_Como assim, seria interessante, uma nova entrevista? Que utilizem as minhas fotos, que estão disponíveis, em qualquer site da Internet, ou reproduzam alguma entrevista dada.
_Michael, as pessoas querem ver e ouvi-lo falar. E não admirar expressões congeladas.
_Não vejo, qual a vantagem nisso. A não ser, dar uma nova chance, para que, continuem deturpando com maldade, o que digo. Michael Jackson, o excêntrico, o esquisito. Por favor, John.
_Você poderia, pelo menos conhecer, a responsável pela entrevista e se caso, você crer na sua idoneidade. Aí, firmamos um contrato, e se houver qualquer quebra por parte da revista, então processaremos.
_Ok. Diga a essa jornalista, que quero conhecê-la e que talvez, eu disse talvez, aceite me expor novamente.

Cap.VII
Recebi a notícia, do encontro com Michael Jackson, com certa apreensão, era sabido na mídia falada e escrita, o quanto, o mesmo tornara-se descrente e até implacável, quando o assunto era a sua vida privada. Mas, eu gostava de desafios e não perderia essa oportunidade.
Preparei-me, com elegância e descrição, afinal a estrela maior, era ele. Eu seria apenas, a ponte, que tornaria real e palpável, o sonho de muitos fãs, que dariam até um dedo da mão, para conhecê-lo e saber de fonte fidedigna, o que realmente pensava o seu ídolo.
Eu e minha equipe fomos bem recebidos em Neverland e fomos deixados,em uma sala ampla,ricamente ornamentada,com obras de arte,que expressavam com toda clareza e bom gosto,as características do seu ilustre morador.
De repente, um perfume marcante,invade o ambiente e me volto,buscando a sua origem e me encontro, com os olhos mais lindos, que vi em minha vida.
Ele exalava masculinidade, por todos os poros, vi-o levantar uma sobrancelha e um pequeno sorriso desenhou-se em sua boca.

_Srta? Pelo que vejo, além de jornalista, é uma apreciadora de artes!
_Sinto, desapontá-lo, Sr.Jackson, sou leiga, nesse assunto.
_Bem vinda a Neverland. E, por favor, me chame de Michael.
_O prazer é todo meu, Michael. Sou Milena Simons, redatora da revista Estrelas.
Apertei aquelas mãos e qual não foi a minha surpresa, ao ver, o deus dos meus sonhos, levá-la aos lábios e beijá-las.
AH... Como eu queria que o tempo parasse. Puxe-as, não antes de sentir, fortes sensações dominarem o meu corpo.
_Então, a que devo a honra da sua visita?Perguntou-me.
_Gostaria de entrevistá-lo, para a minha revista, como ninguém jamais viu.
_Para que? Se nada do que eu digo. Verdadeiramente é editado? O que mais, querem saber, que já não foi dito?
_Poderíamos começar, justamente por essa desconfiança, que vc tem da mídia. Quando começou?
_Você realmente, não sabe? Nunca ouviu falar, que converso com êtes, ou durmo em uma cama hiperbárica, que gastei milhões, pelos ossos do homem elefante. Que animais exóticos, andam soltos, dentro da minha casa?Ou que durmo, com crianças, para desvirtuá-las?
_Não acredito, em tablóides. Tenho certa aversão por eles e nada será escrito ou filmado, sem o seu consentimento
_Obrigado. E espero que cumpra a sua palavra.
_Michael, você ainda acredita, que com amor e boas ações, podemos curar o mundo?
_Sim, piamente. Eu não tenho a pretensão de fazer isso sozinho e nem posso. Tento, através de minhas músicas, provocar a verdadeira mudança, ou seja, comece mudando o seu “eu”,olhe para o homem no espelho,seja receptivo.Eu e você com amor,podemos mudar o mundo.Faz muitos anos,que encabecei a Campanha “USA from África,obtivemos ótimos resultados,mais muito ainda deve ser feito.Gostaria de assistir alguns vídeos,para ilustrar o que eu digo?
_Seria um enorme prazer. Michael segurou a minha mão e saímos para sua sala de transmissão. Ficava numa área exclusiva da casa e tinha tudo, que um cinema possuía. Até pipoca e doces.
_Uau! Exclamei, sem me conter. Isso é... Maravilhoso!
Sentamos, lado a lado, com uma variedade de doces, no colo e ríamos como duas crianças. Notei que, fixava demais o olhar, fazendo com que eu desviasse os meus.
As luzes foram diminuindo e a tela encheu-se de imagens dele, pelo mundo. Visitas em orfanatos, hospitais e por último, um clipe da música: “Man in the mirror”, com crianças esquálidas e suas mães igualmente desnutridas, entregues ao descaso mundial.
Não me contive e fui sacudida por soluços de culpa e de dor, afinal eu também, como muitos era culpada por esse flagelo humano. Mandei ás favas, a minha imparcialidade jornalística e deixei que lágrimas caíssem livremente.
_Hey... Não chore a culpa não é só sua, mas de todos nós!
_Perdoe-me, não pude conter a minha emoção. É cruel demais.
Michael virou-se para mim, tentando inutilmente secar as minhas lágrimas, que caíam, numa quantidade incrível. Secava-as, com a ponta de seu dedo, de repente, passou a beijá-las, uma a uma. Sentindo, o seu hálito quente, encostei meus lábios nos seus.
Um beijo, doce e calmo a princípio. Contudo, fomos tomados por um ardor, que deixava nossas respirações aceleradas. Ali, naquele momento, ele era meu, eu tornava real, o que sempre sonhei: abraçá-lo, sentir o seu calor.
Se houvesse, um amanhã, depois disso, eu me desculparia. Mas, não hoje, não hoje! Que tenho o homem da minha vida, nos meus braços.
_Queira, me desculpar. Por, meu atrevimento.
_Podemos esquecer, o que aconteceu aqui. (Eu não ia esquecer nunquinha. God!)
_E você quer esquecer? Porque eu vou, me lembrar de cada minuto.
Quando íamos nos aproximar de novo. Agora, completamente cientes, que queríamos um ao outro. Stevie entra apressado na sala.
_Milena, Larry ligou e pede que retornemos a revista, para ter uma prévia, do que fizemos. Sem desviar os olhos, de Michael, respondi:
_Agora mesmo. Deixe-me despedir do Sr.Jackson. Stevie fez um gesto um tanto exagerado (choquei!) e saiu.
_Quando, poderei vê-la novamente?
Sorri encantada e respondi:
_Temos, uma entrevista, para terminar, lembra-se?
_Como esquecer, minha menina?

eita...........

Saímos de mãos dadas, provocando olhares de espanto, em todos que estavam presentes. Stevie,mal se continha,agitando os braços nervosamente. Arrancando, de Michael e eu, risadas pelo seu exagero.
_Vc, vai ter que me contar, com riqueza de detalhes, o que aconteceu naquela sala.
_Só, o começo de uma entrevista, nada mais.
_Me engana, que eu gosto! O homem, não consegue tirar os olhos de você.
Entrei, na van, não antes de acenar, para Michael. Que no mesmo instante, apontou para mim e pôs a mão no coração.
_E, como foi à entrevista? Perguntava Larry ansioso.
_No início, o Sr.Jackson, estava reticente em nos ceder à entrevista, mas, concordou com a mesma, desde que, a matéria seja vista por ele, antes de ser editada.
_Só me faltava essa! Ter que ceder, as esquisitices, desse excêntrico!
_Nada mais natural, depois de ser tão covardemente atacado, não acha?
_Não sou eu, querida. Que ando cercado de crianças, tentando aspirar à pureza delas ou me camuflo com máscaras cirúrgicas, por achar que o ar, que os outros respiram, não é digno de mim.
_Como se atreve? Vc, nem o conhece! Não sabe a dor, que ele teve que suportar.
_Onde tem fumaça, há fogo!
Cheguei em casa,ansiosa por um banho.Joguei a roupa,no cesto,depois tirei-as de novo,para sentir o cheiro dele,que estava impregnado nelas.
Milena, Milena! Cuidado garota. Você está vendo o que não existe.
O despertador tocava insistentemente, derrubei-o com uma travesseirada certeira. Aprontei-me, para mais um dia em Neverland
A conversa estava animada, dentro da van. Stevie e Brian o cinegrafista, riam sem parar, mas eu estava um pouco nervosa.
Não sabia como eu seria recebida por ele. E, se ele se arrependera?
Ao chegarmos, fomos recebidos por Dª Remy, que me avisou que Michael, estava no seu estúdio e que me aguardava. Entrei, procurando-o por toda sala e ela estava vazia, fui chamando-o.
_Michael?
De repente, ouço risinhos, que vinham detrás da porta. Michael brincava de esconde-esconde, comigo.
_Ah! Você está aí, menino levado!
_Não pude resistir, mas não era, para ter me achado tão depressa! Riu satisfeito.
_Como não achá-lo, com esse perfume todo?
_Está muito forte? Posso trocá-lo, para um mais suave.
_Não, se não vc, deixaria de ser o meu Michael.
_Seu Michael? Hum, gostei!
_Podemos continuar aquela entrevista? Disse, tentando aplacar a vontade, que eu tinha, de sentir o gosto daquela boca e me perder naqueles braços.
_Mas, hoje, será a minha maneira. Mostrarei Neverland e só depois a continuaremos.
Vi-o, cochichar algo, para Dª Remy, que balançava a cabeça, concordando. Como, um cavalheiro, ofereceu-me seu braço e saíamos para o tal passeio.
Mostrou-me os seus lugares preferidos. Subimos, na sua árvore da sorte. Contou-me, que era ali, que se inspirava para compor as suas músicas, por ex: Childhood, Black or White, Will be there.
Quando,descemos,encontramos um lindo piquenique a nossa disposição.
_Está com fome? Espero que esteja do seu agrado.
Sentamos, era evidente, que a fome, que sentíamos era bem outra, mas não seria eu, a estraga prazeres e por a perder a magia do momento.
Michael estava lindo! O vento brincava com seus cabelos, fechava os olhos,como se fizesse uma prece silenciosa,pelo dia tão claro e quente. Viajei, e quando voltei á terra, deparei com dois olhos escuros a me encararem.
_Você é a mulher dos meus sonhos. - ele disse com voz mansa.
-Não entendi - respondi surpresa.
_ Sonhei, um dia desses, com a mulher que iria me dar todo o amor, que desejei. Ela é você. Seus olhos, e a forma que foge dos meus.Você,foi feita,para mim,Mel.
_Michael, você faz parte dos meus sonhos, todas as noites. Eu durmo para poder te encontrar.
_Mel, minha menina. Seja minha.
_Eu, já sou sua... Meu amor. Amo-te, desde sempre.
_Michael, podemos ser surpreendidos.
_Deixei, ordens, para que não fossemos incomodados.
-Oh, god! Vc é tão linda...
Num súbito de consciência, afastei-o e pedi que parasse.
_Por que, minha linda? Vc, não me quer?
È tudo que mais quero, mais estamos pulando etapas. Quero conhecê-lo, saber o que pretende...
_Deixe-me amar você.
_Somos de mundos opostos, Michael. Vc tem a sua carreira, eu trabalho apenas numa revista de quinta categoria, não consolidei a minha carreira.
_E o que isso, tem a ver com o que sentimos?
_Tudo. Não quero, chegar numa fase da minha vida e dizer que eu não fiz o que deveria. Quero, tentar, quebrar a cara, mais ter tentado.
_Eu tenho tudo. E não posso ser eu mesmo. Quero ser amado, pelo homem, que sou e não pelo que represento.
_Eu mais do ninguém, entendo como tem sido, difícil para você.
_Nunca, deixe de me amar.
_Não consigo e nem quero.
Regressamos, o clima havia sido quebrado.